Reconstruindo

Volta por cima após a
tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul

Como a dentista e empresária Anyelle Bezerra, proprietária da clínica Radiante, chegou aos primeiros R$ 100 mil em julho de 2024, após as enchentes que arrasaram o estado gaúcho

Por: MAJÔ GONçALVES

FOTOS: ARQUIVO

Anyelle Bezerra completou um ano de SucessOdonto em fevereiro de 2025. Ela vinha de uma sociedade que não deu certo e procurava uma solução para transformar a sua clínica Radiante, em Sapiranga, no Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul. Foi para o SucessOdonto e começou a sua jornada do zero, em fevereiro de 2024, mas, em maio do mesmo ano, veio a tragédia que assolou o Rio Grande do Sul, sem precedentes. Anyelle precisou interromper tudo que estava fazendo porque a situação era muito caótica. Embora a sua cidade não estivesse debaixo d’água como as vizinhas, Sapiranga se transformou em um ponto de apoio para as pessoas de outras localidades, onde tudo ficou submerso pelas águas por um mês. Junto com o seu marido Rafael, policial da força tática, foi para o fronte e passou a ajudar as pessoas desalojadas. Ela conta que foi um momento tenso e muito complicado para todos. E não é difícil de imaginar, pois as imagens de quem via de longe nas reportagens da TV eram assustadoras. Uma tragédia de enormes proporções jamais vista no país. 

Nesse período crítico e desafiador, Anyelle recebeu todo o apoio de Suellen Almeida, consultora do SucessOdonto que não largou da mão dela. Além disso, por conta das condições caóticas, os pagamentos referentes à assessoria foram postergados, assim a dentista pôde ter fôlego para recomeçar. 

Com uma média de R$ 57 mil de faturamento, Anyelle se sentia estagnada e o SucessOdonto era uma esperança de luz no final do túnel. Ela tinha na equipe cinco pessoas que se alternavam em dias diferentes e ficava muito presa no atendimento. Em junho, iniciou as mudanças com a implementação de padronização dos serviços da equipe, segmentação da agenda, precificação, além de realizar reuniões semanais para alinhar e treinar sua equipe. Também melhorou os uniformes, seguindo o protocolo de encantamento que a Suellen recomendou, criou campanhas internas, ficou ativa nas redes sociais e contratou sua prima para ajudar na gerência e na captação de pacientes. Colocou TV de teto e passou a usar a câmera intraoral nos procedimentos. 

Em apenas um mês, em julho, alcançou a tão almejada marca de R$ 100 mil e vem mantendo essa média. Em agosto, se tornou membro da Select. Atualmente, conta com três cadeiras, equipe com nove dentistas em dias alternados e dedicada à gestão, Anyelle conseguiu virar a chave e mudar de vida. “A família me apoiou, mesmo não acreditando que poderia dar certo. Meu marido, finalmente, resolveu fazer parte e está me ajudando na clínica. Já participou do encontro XP1 e está empolgado com resultados. Quase chegamos aos R$ 150 mil”, comemora. 

Anyelle diz que ainda há muito a fazer. Ainda estuda se vai reformar o espaço atual ou mudar para outro local e pretende investir em tecnologia. “Mas tudo ao seu tempo e de acordo com as nossas possibilidades e com muito pé no chão”, afirma. 

Olhando para trás, Anyelle vê o quanto a sua vida mudou para melhor. Além do retorno financeiro, tem mais tempo para se dedicar ao filho e à gestão do seu negócio, coisas que pareciam impossíveis há um ano. 

Suellen, que acompanhou toda a evolução da Anyelle, destaca: “Quando lidamos com pessoas, precisamos ser empáticos e solícitos. Não basta apenas ouvir o que o outro diz. Escutar é uma arte: é processar o que ouvimos, dar significado, tentar compreender e, muitas vezes, se colocar no lugar do outro.” 

Anyelle Bezerra (foto acima) atuou como voluntária ajudando na tragédia no RS. Nas fotos do canto superior, móveis e pertences carregados pela enxurrada e o abraço na entrega dos donativos. 

Suellen de Almeida, que contribuiu com a Vértice sugerindo a matéria e fazendo todo o meio de campo